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DICA DA SEMANA: Trilogia do Terror 2 (1996)

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[Por Osvaldo Neto]

O grande Dan Curtis pode não ser um nome tão lembrado pela atual geração dos fãs de terror, mas o sujeito foi um dos maiores responsáveis, junto a gente como Rod Serling e Curtis Harrington, pela revitalização desse gênero na TV nos anos 60 e 70.

Dentre os seus trabalhos para a telinha, Curtis é muito reconhecido por ter sido o criador da novela “Sombras Tenebrosas” (Dark Shadows), lançada em 1966, que teve seis temporadas e 1.225 capítulos. A produção chegaria a ganhar dois filmes para cinema nos anos 70, outra versão em série que durou apenas uma temporada em 1991 e um longa dirigido por Tim Burton em 2012, com Johnny Depp no papel de Barnabas Collins e imortalizado pelo ator Jonathan Frid no seriado original. Além desse projeto, Dan Curtis também produziu e realizou vários telefilmes em pleno auge do gênero na telinha, incluindo suas versões para clássicos da literatura como FRANKENSTEIN (1973), O RETRATO DE DORIAN GREY (1973) e A VOLTA DO PARAFUSO (1974), além de O MÉDICO E O MONSTRO (1968) e DRÁCULA (1974), ambas estreladas por Jack Palance.

Karen Black e seu colega de cena em “Trilogia do Terror” (1975)

O subgênero das antologias voltou a ser mais popular durante os anos 90 com a série CONTOS DA CRIPTA e vários outros longas. Daí não seria nada justo se Curtis não tivesse tirado uma casquinha nesse sucesso em uma continuação para TRILOGIA DO TERROR, em que a atriz Karen Black protagonizava três histórias. É nesse filme que temos uma das histórias que mais tiraram o sono da molecada que assistiu ao longa nas reprises da TV: a da mulher aterrorizada pelo pequeno boneco de um guerreiro Zuni em seu apartamento.

Desta vez, Lysette Anthony (KRULL e o “Sombras Tenebrosas” de 1991) interpreta as protagonistas das três histórias em TRILOGIA DO TERROR 2, uma modesta e despretensiosa volta do diretor às suas origens.

O 1º conto, OS RATOS DO CEMITÉRIO, é baseada na famosa história de Henry Kuttner, publicada na revista Weird Tales em 1936 e sua adaptação faz lembrar (e muito) de algo que seria publicado em uma HQ da EC Comics. As participações dos veteranos Matt Clark e Geoffrey Lewis são um ótimo bônus.

Em seguida, temos BOBBY, co-estrelado por Blake Heron, que é a refilmagem da história de encerramento de outra trilogia de Dan Curtis: TRILOGIA MACABRA (Dead of Night, 1977). O diretor consegue fazer, novamente, justiça ao excelente e sombrio conto do autor Richard Matheson (“Eu Sou a Lenda“).

Pode-se dizer que a 3ª e última, AQUELE QUE MATA, é a cereja do bolo: o retorno do boneco Zuni em uma continuação direta da história do primeiro filme. Ao contrário do original, que era basicamente um curta com uma única atriz em cena, temos mais personagens aqui, ou seja… mais mortes! É um típico ‘survival horror’ com boneco assassino, mas divertidíssimo de se assistir em um pequeno filme que é muito melhor que a maioria das continuações da franquia O MESTRE DOS BRINQUEDOS.

TRILOGIA DO TERROR 2 nunca chegou a ser lançado em DVD no Brasil. O filme pode ser encontrado na íntegra no YouTube com ou sem legenda em português em uma cópia de baixa resolução, aparentemente extraída de um VHS. É uma pena, já que ele não merecia ser tão esquecido assim.

Então, se você gosta de um terrorzinho à moda antiga, prepare a pipoca, apague as luzes e divirta-se!

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DICA DA SEMANA: O Abominável Dr. Phibes (1971)

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Dr. Phibes

Quem acompanhou as sessões da CPI da Covid ficou sabendo do escândalo envolvendo a empresa Prevent Senior. Várias matérias foram feitas sobre a operadora de planos de saúde, inclusive sobre o fato de seus proprietários serem membros de bandas de rock.

Uma delas leva o nome Doctor Pheabes, e as reportagens sensacionalistas mostravam que ela era “inspirada em um filme de terror sobre um médico sádico”, fazendo um contraponto com o fato de os caras serem profissionais de saúde. Porra, foda-se a Prevent Senior e deixem O Abominável Dr. Phibes em paz!

O filme dirigido por Robert Fuest e estrelado pelo nosso querido Vincent Price é uma pérola do horror. “Love means never having to say you are ugly“, diz o pôster do filme. Sensacional.

Vamos à sinopse: Dr. Anton Phibes vive recluso, amargurado e com ódio no coração. Primeiro ele ficou desfigurado, após um acidente de carro. Como se isso não bastasse, nosso malvado favorito perdeu a mulher, que morreu durante uma operação. Quanto a isso, Phibes culpa a equipe médica e monta uma vingança contra eles. O plano é uma maravilha. Ele pretende matar um por um dos responsáveis, usando armadilhas e inspiradas nas dez pragas do Egito (!!!).

Vincent Price dá um show nesse filme. Seu personagem, por conta do acidente, perdeu as cordas vocais e fala através de um gramofone plugado na garganta. Assim, o que vemos na tela é um Price fazendo caras e bocas o tempo todo para se expressar. E isso ele faz como ninguém.

Nosso ídolo ainda toca um órgão bizarro, que é uma clara referência ao Fantasma da Ópera, e nos brinda com cenas toscas de dança com sua assistente gata e malvada, Vulnavia (Virginia North). O Abominável Dr. Phibes é Vincent Price em estado bruto. Nenhum fã do cinema pode ficar sem assistir essa pérola. No YouTube tem como assistir a versões legendada e dublada em português.

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DICA DA SEMANA: Mortos que Matam (1964)

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Mortos que Matam

[Por Geraldo de Fraga]

Muito antes de Francis Lawrence dirigir a mega produção Eu Sou a Lenda, com Will Smith e Alice Braga, o livro de Richard Matheson já tinha sido adaptado para o cinema em duas oportunidades. Mortos que Matam (The Last Man on Earth) foi a primeira, lá em 1964, em uma parceria entre Estados Unidos e Itália. Inclusive o longa foi rodado em Roma. (mais…)

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DICA DA SEMANA: A Volta dos Mortos-Vivos 3 (1993)

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A Volta dos Mortos-Vivos 3

Vamos falar de continuações, de novo! O filme da vez é “A Volta dos Mortos-Vivos 3” (Return of the Living Dead 3), um dos principais filmes do cânone de zumbis pós-George Romero.

Não é preciso explicar que o primeiro longa desta franquia, dirigido por Dan O’Bannon é super divertido e cravou no universo pop a expressão “Braaains!” ao se referir aos seres bizarros semi-mortos que atacam humanos. Também não é preciso ir muito longe para falar que o segundo é praticamente uma cópia do anterior sem muita criatividade.

Mas o que faz com que a obra de Brian Yuzna se destaque em uma franquia que dava sinais de desgaste, é que ele acabou juntando dois filmes em um. No caso, pegou as referências do LivingDeadVerso e juntou com o que fez com a “Noiva do Re-Animator” anteriormente.

E se você nunca viu, o lance é o seguinte… um casal de jovens tipicamente fora da linha, daqueles que usam casaco de couro, possuem amigos “da pesada” e andam de moto, resolve entrar clandestinamente em uma base militar. Como o boyzinho é filho de um coronel de alta patente, ele consegue acesso à base com o crachá do pai e inadvertidamente vê com sua namorada um experimento ultra-secreto.

Basta saber que aquele gás chamado de Trioxin que reanima os mortos no primeiro filme da franquia é o mesmo que os milicos estão usando para testar em cadáveres como cobaias. O problema é que uma vez morto, mesmo que “reviva”, o ser decomposto só quer saber de atacar e devorar os vivos. E não tem bala, faca, murro ou qualquer tentativa de golpe que os detenha.

Nisso aí, o casal Curt (J. Trevor Edmond) e Julie (Melinda Clarke) com medo do que presenciaram, resolvem fugir às pressas. No entanto, a adrenalina e a emoção da fuga foi tão grande que perderam o controle na estrada ao desviar de um caminhão e Julie acabou morrendo ao se chocar com um poste.

A história dos dois pombinhos poderia ter acabado aí, se não fosse a “brilhante” ideia do namorado que acha que podia resolver o problema ao levar a noiva cadáver para a base militar e usar o Trioxin “do jeito certo”. Neste caso, apesar dos atropelos, a missão foi “bem sucedida”, mas reacordou a mulher desorientada e com muita “fome”. O efeito colateral é que ao abrir o tambor de Trioxin, eles ajudaram a despertar outros monstrengos. Daí em diante é fácil entender o que se sucede, considerando que este é uma obra de terror.

Sendo que o mais legal em “A Volta dos Mortos-Vivos 3” é a transformação gradual de Julie, que era apenas uma jovem rebelde em uma zumbi sedutora e masoquista que se auto-mutila com caco de vidro, agulhas, pregos e o que mais tiver, convertendo-se num ícone do cinema de horror. E nesta saga inevitável rumo a um desfecho trágico, esta versão from hell de “Romeu & Julieta” segue sendo interessante pra ver e rever trinta anos depois.

O resultado é um bizarra história de amor e zumbis que funciona tanto pelo lado do horror, quanto do romance ou da comédia. Depende de como estiver seu clima no dia. E se você nunca viu (2), aproveite as facilidades da Internet para assistir a “A Volta dos Mortos-Vivos 3” no catálogo do Plex ou da Darkflix.

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