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DICA DA SEMANA: A Hora do Medo (1986)

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Dica - A Hora do Medo

Sabe quando uma coisa puxa outra? Recentemente, com o falecimento do apresentador de TV Gugu Liberato, resolvi escavar sua filmografia e cheguei ao célebre “Padre Pedro e a Revolta das Crianças”, filme protagonizado por Pedro de Lara em que Gugu faz uma pontinha. Daí resolvi assistir mais filmes do diretor (também ator, produtor e roteirista) Francisco Cavalcanti. E foi aí que cheguei a esta obra que será minha bizarra dica da semana.
“A Hora do Medo” conta a história de uma dedicada mãe (Marie Edelgunde Plautz) que sai pelas espeluncas da cidade em busca de mulheres para saciar a tara e a sede de sangue de seu filho psicótico, Albert (Alberto Karlinski). Gostou? Tem mais! Albert não consegue dissociar sexo de morte porque, quando criança, matou seu sádico pai a tiros pra tentar impedir que ele continuasse queimando sua mãe com um ferro de passar roupas durante a relação. Tá ficando dodói o suficiente? Péra que tem mais. O pai de Albert está enterrado no quintal da casa e a mãe, aparentemente, tem um “afeto” um pouco excessivo com os restos mortais do falecido…

Mamãe já curtia Nekromantik antes de virar modinha

O filme começa com o brutal assassinato de Eliana, a empregada da casa, e posterior ocultação de seu cadáver no quintal. O seu desaparecimento fará com que seu noivo Salvador (interpretado pelo diretor Francisco Cavalcanti) busque uma vaga de motorista com esta adorável família em busca de descobrir mais informações sobre seu paradeiro.

Ele descobre que sua vaga, assim como a de sua noiva tinha uma estranha exigência: o candidato não podia ter parentes. “Parrentes causam semprre prroblemas e aborrecimentos parra os patrrões” diz a Fraulein, mas na verdade era apenas uma garantia de que após o sumiço, ninguém viria procurá-los. Inclusive, se Eliana não tivesse mentido dizendo não possuir família, seria apenas mais uma vítima enterrada nos fundos da propriedade.

Mostrando tudo (mesmo) de uma forma que nem Hitchcock ousou mostrar!

Durante o desenvolver do filme, a Fraulein “salvará” jovens moças de confusões com donos de bar e prostitutas em apuros com seus cafetões (em uma cena maravilhosa em que usa um guarda-chuvas que atira dardos venenosos!), oferecendo acolhimento e refúgio em sua mansão, apenas com o intuito de entregá-las às garras do problemático Albert. Enquanto isso, Salvador vai tentar descobrir o que aconteceu com sua noiva.

“Parrado! Eu tenho um guarda-chuvas!”

O corte original dessa obra da “Boca do Lixo” continha cenas de sexo explícito que foram cortadas pela censura. Para completar a duração do longa, foi chamado José Mojica Marins para dirigir as cenas complementares e, olha, nosso querido Zé do Caixão criou 13 minutos de “sangueira” pra nenhum fã do gênero botar defeito.

Esse menino com as bochechas rosadas não faria mal a uma mosca!

O filme tem um roteiro simples mas é bem costurado e a direção de Francisco, com seus excessos de zoom, somados ao extremo gore trazido por Mojica, criam um tipo de “Capitão Planeta do horror”, pois com a união de seus poderes, formam quase um “Lucio Fulci Brazuca”.
Se tiver estômago pra aguentar o sadismo da família chucrute (CLIQUE AQUI para assistir), depois procure mais obras do Francisco Cavalcanti (até porque no YouTube tem filme suficiente para garantir uma boa maratona!).

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Simpático de corpo™ Vimeo: https://vimeo.com/jotabosco/ Youtube: https://www.youtube.com/user/sonicbosco/videos

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DICA DA SEMANA: O Abominável Dr. Phibes (1971)

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Dr. Phibes

Quem acompanhou as sessões da CPI da Covid ficou sabendo do escândalo envolvendo a empresa Prevent Senior. Várias matérias foram feitas sobre a operadora de planos de saúde, inclusive sobre o fato de seus proprietários serem membros de bandas de rock.

Uma delas leva o nome Doctor Pheabes, e as reportagens sensacionalistas mostravam que ela era “inspirada em um filme de terror sobre um médico sádico”, fazendo um contraponto com o fato de os caras serem profissionais de saúde. Porra, foda-se a Prevent Senior e deixem O Abominável Dr. Phibes em paz!

O filme dirigido por Robert Fuest e estrelado pelo nosso querido Vincent Price é uma pérola do horror. “Love means never having to say you are ugly“, diz o pôster do filme. Sensacional.

Vamos à sinopse: Dr. Anton Phibes vive recluso, amargurado e com ódio no coração. Primeiro ele ficou desfigurado, após um acidente de carro. Como se isso não bastasse, nosso malvado favorito perdeu a mulher, que morreu durante uma operação. Quanto a isso, Phibes culpa a equipe médica e monta uma vingança contra eles. O plano é uma maravilha. Ele pretende matar um por um dos responsáveis, usando armadilhas e inspiradas nas dez pragas do Egito (!!!).

Vincent Price dá um show nesse filme. Seu personagem, por conta do acidente, perdeu as cordas vocais e fala através de um gramofone plugado na garganta. Assim, o que vemos na tela é um Price fazendo caras e bocas o tempo todo para se expressar. E isso ele faz como ninguém.

Nosso ídolo ainda toca um órgão bizarro, que é uma clara referência ao Fantasma da Ópera, e nos brinda com cenas toscas de dança com sua assistente gata e malvada, Vulnavia (Virginia North). O Abominável Dr. Phibes é Vincent Price em estado bruto. Nenhum fã do cinema pode ficar sem assistir essa pérola. No YouTube tem como assistir a versões legendada e dublada em português.

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DICA DA SEMANA: Mortos que Matam (1964)

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Mortos que Matam

[Por Geraldo de Fraga]

Muito antes de Francis Lawrence dirigir a mega produção Eu Sou a Lenda, com Will Smith e Alice Braga, o livro de Richard Matheson já tinha sido adaptado para o cinema em duas oportunidades. Mortos que Matam (The Last Man on Earth) foi a primeira, lá em 1964, em uma parceria entre Estados Unidos e Itália. Inclusive o longa foi rodado em Roma. (mais…)

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DICA DA SEMANA: A Volta dos Mortos-Vivos 3 (1993)

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A Volta dos Mortos-Vivos 3

Vamos falar de continuações, de novo! O filme da vez é “A Volta dos Mortos-Vivos 3” (Return of the Living Dead 3), um dos principais filmes do cânone de zumbis pós-George Romero.

Não é preciso explicar que o primeiro longa desta franquia, dirigido por Dan O’Bannon é super divertido e cravou no universo pop a expressão “Braaains!” ao se referir aos seres bizarros semi-mortos que atacam humanos. Também não é preciso ir muito longe para falar que o segundo é praticamente uma cópia do anterior sem muita criatividade.

Mas o que faz com que a obra de Brian Yuzna se destaque em uma franquia que dava sinais de desgaste, é que ele acabou juntando dois filmes em um. No caso, pegou as referências do LivingDeadVerso e juntou com o que fez com a “Noiva do Re-Animator” anteriormente.

E se você nunca viu, o lance é o seguinte… um casal de jovens tipicamente fora da linha, daqueles que usam casaco de couro, possuem amigos “da pesada” e andam de moto, resolve entrar clandestinamente em uma base militar. Como o boyzinho é filho de um coronel de alta patente, ele consegue acesso à base com o crachá do pai e inadvertidamente vê com sua namorada um experimento ultra-secreto.

Basta saber que aquele gás chamado de Trioxin que reanima os mortos no primeiro filme da franquia é o mesmo que os milicos estão usando para testar em cadáveres como cobaias. O problema é que uma vez morto, mesmo que “reviva”, o ser decomposto só quer saber de atacar e devorar os vivos. E não tem bala, faca, murro ou qualquer tentativa de golpe que os detenha.

Nisso aí, o casal Curt (J. Trevor Edmond) e Julie (Melinda Clarke) com medo do que presenciaram, resolvem fugir às pressas. No entanto, a adrenalina e a emoção da fuga foi tão grande que perderam o controle na estrada ao desviar de um caminhão e Julie acabou morrendo ao se chocar com um poste.

A história dos dois pombinhos poderia ter acabado aí, se não fosse a “brilhante” ideia do namorado que acha que podia resolver o problema ao levar a noiva cadáver para a base militar e usar o Trioxin “do jeito certo”. Neste caso, apesar dos atropelos, a missão foi “bem sucedida”, mas reacordou a mulher desorientada e com muita “fome”. O efeito colateral é que ao abrir o tambor de Trioxin, eles ajudaram a despertar outros monstrengos. Daí em diante é fácil entender o que se sucede, considerando que este é uma obra de terror.

Sendo que o mais legal em “A Volta dos Mortos-Vivos 3” é a transformação gradual de Julie, que era apenas uma jovem rebelde em uma zumbi sedutora e masoquista que se auto-mutila com caco de vidro, agulhas, pregos e o que mais tiver, convertendo-se num ícone do cinema de horror. E nesta saga inevitável rumo a um desfecho trágico, esta versão from hell de “Romeu & Julieta” segue sendo interessante pra ver e rever trinta anos depois.

O resultado é um bizarra história de amor e zumbis que funciona tanto pelo lado do horror, quanto do romance ou da comédia. Depende de como estiver seu clima no dia. E se você nunca viu (2), aproveite as facilidades da Internet para assistir a “A Volta dos Mortos-Vivos 3” no catálogo do Plex ou da Darkflix.

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