conecte-se conosco

Dicas

DICA DA SEMANA: O Último Tubarão (1981)

Publicados

em

Último Tubarão

[Por Felipe Macedo]

Desde a estreia de “Tubarão” que vemos uma série de filhotes e espécimes marítimas sendo arrastados para a tela do cinema em busca de sangue e audiência. Aproveitando a estreia de “Megatubarão” nesta semana, que assumidamente também bebe da fonte do clássico de Spielberg, vamos voltar um pouco no tempo onde o famoso vilão aquático era novidade e todos queriam “morder” um pouco dessa fama. Por muito tempo, os cineastas italianos foram mestres em refazer filmes americanos do seu jeito: com custo mínimo para ter o máximo de lucro. “O Último Tubarão” faz parte desse maravilhoso movimento.

A trama acompanha um escritor e sua família que moram numa cidade litorânea paradisíaca que tem a paz ameaçada pela figura de um grande tubarão branco que teima em devorar quem entra no mar. E logo em alta estação e na semana do torneiro de regata! Na mesma época em que um ambicioso homem tenta o cargo de prefeito do local!

Sem apoio das autoridades, o escritor se une a um experiente pescador na caça da fera antes que seja tarde demais. Notou as similaridades com a famosa obra? Calma que tem mais: o nome do protagonista é Peter Benton, qualquer similaridade com Peter Benchey, autor do livro que deu origem à produção famosa. E claro, o personagem do pescador é uma cópia carbono do Quint original. Não à toa, o filme foi processado por plágio pela Universal e foi retirado dos cinemas americanos. Isso quer dizer que o filme é ruim? De jeito nenhum. O longa consegue ser mais divertido até do que as sequências oficiais.

A direção é boa e causa até certa tensão nas cenas de ataque e ainda fazendo milagre com o roteiro carbono, tentando dar identidade para a produção. Tal qual seu irmão famoso, esse tem cenas de tubarões reais e a utilização de um robô para as cenas com atores, deixando claro que não consegue atingir o mesmo nível. A trilha sonora também merece destaque e consegue auxiliar nas cenas de tensão.

Conhecido por outros títulos por distribuidoras diversas, “O Último Tubarão” é um divertimento descompromissado que entrega o que o público espera. Como é curto, num piscar de olhos ele termina sem causar cansaço para quem assiste. Vale lembrar que na década de 80 e 90 foi figura presente na Sessão das 10 do SBT sendo com certeza lembrado com carinho por quem o assistiu. O filme encontra-se completo no Youtube mas sem legenda.

Gosta de nosso trabalho? Então nos dê aquela forcinha contribuindo através do PicPay!

"Nós deixamos de procurar os monstros embaixo de nossas camas, quando percebemos que eles estão dentro de nós"

Clique para comentar

Deixe uma resposta

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Dicas

DICA DA SEMANA: O Abominável Dr. Phibes (1971)

Publicados

em

Dr. Phibes

Quem acompanhou as sessões da CPI da Covid ficou sabendo do escândalo envolvendo a empresa Prevent Senior. Várias matérias foram feitas sobre a operadora de planos de saúde, inclusive sobre o fato de seus proprietários serem membros de bandas de rock.

Uma delas leva o nome Doctor Pheabes, e as reportagens sensacionalistas mostravam que ela era “inspirada em um filme de terror sobre um médico sádico”, fazendo um contraponto com o fato de os caras serem profissionais de saúde. Porra, foda-se a Prevent Senior e deixem O Abominável Dr. Phibes em paz!

O filme dirigido por Robert Fuest e estrelado pelo nosso querido Vincent Price é uma pérola do horror. “Love means never having to say you are ugly“, diz o pôster do filme. Sensacional.

Vamos à sinopse: Dr. Anton Phibes vive recluso, amargurado e com ódio no coração. Primeiro ele ficou desfigurado, após um acidente de carro. Como se isso não bastasse, nosso malvado favorito perdeu a mulher, que morreu durante uma operação. Quanto a isso, Phibes culpa a equipe médica e monta uma vingança contra eles. O plano é uma maravilha. Ele pretende matar um por um dos responsáveis, usando armadilhas e inspiradas nas dez pragas do Egito (!!!).

Vincent Price dá um show nesse filme. Seu personagem, por conta do acidente, perdeu as cordas vocais e fala através de um gramofone plugado na garganta. Assim, o que vemos na tela é um Price fazendo caras e bocas o tempo todo para se expressar. E isso ele faz como ninguém.

Nosso ídolo ainda toca um órgão bizarro, que é uma clara referência ao Fantasma da Ópera, e nos brinda com cenas toscas de dança com sua assistente gata e malvada, Vulnavia (Virginia North). O Abominável Dr. Phibes é Vincent Price em estado bruto. Nenhum fã do cinema pode ficar sem assistir essa pérola. No YouTube tem como assistir a versões legendada e dublada em português.

Gosta de nosso trabalho? Então nos dê aquela forcinha contribuindo através do PicPay!

Continue lendo

Dicas

DICA DA SEMANA: Mortos que Matam (1964)

Publicados

em

Mortos que Matam

[Por Geraldo de Fraga]

Muito antes de Francis Lawrence dirigir a mega produção Eu Sou a Lenda, com Will Smith e Alice Braga, o livro de Richard Matheson já tinha sido adaptado para o cinema em duas oportunidades. Mortos que Matam (The Last Man on Earth) foi a primeira, lá em 1964, em uma parceria entre Estados Unidos e Itália. Inclusive o longa foi rodado em Roma. (mais…)

Gosta de nosso trabalho? Então nos dê aquela forcinha contribuindo através do PicPay!

Continue lendo

Dicas

DICA DA SEMANA: A Volta dos Mortos-Vivos 3 (1993)

Publicados

em

A Volta dos Mortos-Vivos 3

Vamos falar de continuações, de novo! O filme da vez é “A Volta dos Mortos-Vivos 3” (Return of the Living Dead 3), um dos principais filmes do cânone de zumbis pós-George Romero.

Não é preciso explicar que o primeiro longa desta franquia, dirigido por Dan O’Bannon é super divertido e cravou no universo pop a expressão “Braaains!” ao se referir aos seres bizarros semi-mortos que atacam humanos. Também não é preciso ir muito longe para falar que o segundo é praticamente uma cópia do anterior sem muita criatividade.

Mas o que faz com que a obra de Brian Yuzna se destaque em uma franquia que dava sinais de desgaste, é que ele acabou juntando dois filmes em um. No caso, pegou as referências do LivingDeadVerso e juntou com o que fez com a “Noiva do Re-Animator” anteriormente.

E se você nunca viu, o lance é o seguinte… um casal de jovens tipicamente fora da linha, daqueles que usam casaco de couro, possuem amigos “da pesada” e andam de moto, resolve entrar clandestinamente em uma base militar. Como o boyzinho é filho de um coronel de alta patente, ele consegue acesso à base com o crachá do pai e inadvertidamente vê com sua namorada um experimento ultra-secreto.

Basta saber que aquele gás chamado de Trioxin que reanima os mortos no primeiro filme da franquia é o mesmo que os milicos estão usando para testar em cadáveres como cobaias. O problema é que uma vez morto, mesmo que “reviva”, o ser decomposto só quer saber de atacar e devorar os vivos. E não tem bala, faca, murro ou qualquer tentativa de golpe que os detenha.

Nisso aí, o casal Curt (J. Trevor Edmond) e Julie (Melinda Clarke) com medo do que presenciaram, resolvem fugir às pressas. No entanto, a adrenalina e a emoção da fuga foi tão grande que perderam o controle na estrada ao desviar de um caminhão e Julie acabou morrendo ao se chocar com um poste.

A história dos dois pombinhos poderia ter acabado aí, se não fosse a “brilhante” ideia do namorado que acha que podia resolver o problema ao levar a noiva cadáver para a base militar e usar o Trioxin “do jeito certo”. Neste caso, apesar dos atropelos, a missão foi “bem sucedida”, mas reacordou a mulher desorientada e com muita “fome”. O efeito colateral é que ao abrir o tambor de Trioxin, eles ajudaram a despertar outros monstrengos. Daí em diante é fácil entender o que se sucede, considerando que este é uma obra de terror.

Sendo que o mais legal em “A Volta dos Mortos-Vivos 3” é a transformação gradual de Julie, que era apenas uma jovem rebelde em uma zumbi sedutora e masoquista que se auto-mutila com caco de vidro, agulhas, pregos e o que mais tiver, convertendo-se num ícone do cinema de horror. E nesta saga inevitável rumo a um desfecho trágico, esta versão from hell de “Romeu & Julieta” segue sendo interessante pra ver e rever trinta anos depois.

O resultado é um bizarra história de amor e zumbis que funciona tanto pelo lado do horror, quanto do romance ou da comédia. Depende de como estiver seu clima no dia. E se você nunca viu (2), aproveite as facilidades da Internet para assistir a “A Volta dos Mortos-Vivos 3” no catálogo do Plex ou da Darkflix.

Gosta de nosso trabalho? Então nos dê aquela forcinha contribuindo através do PicPay!

Continue lendo

Trending